PORQUE O VÉU É IMPORTANTE NA IGREJA

Há quem creia que Deus não ouve a oração de uma mulher se essa não estiver com véu sobre sua cabeça.

Há quem negue essa interpretação e defenda que o cabelo foi dado para substituir o véu, e, portanto, não há a necessidade das mulheres se cobrirem para orar.

Há quem creia que o uso do véu seja um mandamento bíblico, que o uso do véu seja uma doutrina e que o não uso do mesmo implica numa desobediência à Palavra de Deus, mas também, há quem creia que o véu faça parte apenas do uso e costume oriental, que véu historicamente falando seja apenas um recurso que Paulo usou na igreja de Corinto para as mulheres prostitutas recém convertidas ao cristianismo, pois tinham suas cabeças raspadas, o que era uma desonra para a mulher, e, que portanto, precisavam se cobrir até que seus cabelos crescessem novamente.

Por incrível que pareça há quem creia que o véu esteja ligado à própria salvação, ou seja, que Deus não salvará as mulheres cristãs que não usam o véu nas adorações.

Afinal! Véu é mandamento? É doutrina? Deve ser aplicado o seu uso? Deve ser descartado? É uso e costume? Deus ouve a mulher que ora sem véu? Há salvação para as mulheres cristãs que não fazem uso do véu? O véu é importante nas igrejas?

A Bíblia diz que para a mulher orar ou profetizar ela necessita estar com a cabeça coberta com véu, porém no mesmo capítulo de 11 aos Coríntios a Bíblia diz claramente que para a mulher é honroso ter cabelos crescidos, pois que o cabelo lhe foi dado em lugar de véu, ou seja, o véu apenas substitui o cabelo.

Muitas são as especulações e argumentos infundados em torno deste isolado capítulo, mas para quem sabe ler e para quem conhece bem a língua portuguesa, entende muitíssimo bem que a Bíblia é de fato muito clara quanto ao véu substituir o cabelo conforme a necessidade nas adorações femininas.

Dizer que o cabelo foi dado em lugar de véu é o mesmo que dizer que o cabelo foi dado no lugar do véu. Quando se diz: servirei suco em lugar de refrigerante; é o mesmo que se dizer: servirei suco no lugar de refrigerante; e todos nós entendemos muito bem que o que será servido é suco e não refrigerante, independente da aplicação da frase, e, portanto, se véu é mandamento ou deixa de ser uma coisa é fato, 95% dos cristãos concordam que o véu apenas substitui o cabelo na ausência do mesmo, mas que o cabelo foi dado no lugar do véu; ou seja, se uma mulher tem seu cabelo crescido, característico, não necessita obrigatoriamente de usar véu.

Mas qual seria então a importância do véu nas igrejas?
Em minha opinião Deus ouve a oração da mulher mediante a sua fé, sua devoção, e sua consagração; e isso com ou sem o véu. Temos o conhecimento de obras maravilhosas realizadas na vida de consagradas mulheres que sempre usaram o véu, mas também temos o conhecimento de obras maravilhosas realizadas na vida de consagradas mulheres que nunca usaram o véu.

A aplicação do véu para a igreja de Corinto foi necessária não pelo fato do véu ser um hábito das mulheres israelitas, mas realmente pelo fato das prostitutas que creram no evangelho estarem com suas cabeças raspadas. Uma mulher com a cabeça raspada geralmente era uma mulher desonrada e indecente ou imoral, e como muitas delas creram na pregação de Paulo surgiu então a necessidade das mesmas se cobrirem com véu nas adorações evitando assim especulações, murmurações e escândalos por parte dos cristãos e dos não-cristãos. Era preciso que elas cobrissem suas cabeças por causa dos anjos (dos líderes), por causa das outras mulheres, por causa da crítica dos de fora, enfim, vários fatores levaram Paulo a exortar as irmãs de Corinto ao uso do véu.

Em minha particular opinião e interpretação, o uso do véu nas igrejas modernas é tão necessário quanto nos dias de Paulo, em Corinto; não por causa das prostitutas, pois também se foi à época em que as prostitutas tinham suas cabeças raspadas, mas por causa das mulheres cristãs que não fazem uso da vaidade, da maquiagem, das jóias e são obrigadas a conviverem com mulheres cristãs de cabelos pretos pintados de loiros, ou de cabelos loiros pintados de pretos, ou vermelhos, luzes; e sem contar com os diversos cortes extravagantes e escandalosos.

Muitas irmãs desejam a exclusão do véu nas igrejas e entendo que seria justo se por outro lado mantivessem o cabelo mais característico de uma cristã, mais no uso natural, na cor natural; tratado e enfeitado dentro dos conformes dos ditames bíblicos, num jeito que fizesse a diferença sem tirar o brilho cristão; porém querem tirar o véu, mas querem também excluir qualquer processo de santidade exterior de suas vidas.

O que antes era inadmissível nas igrejas hoje se tornou comum e cabelos de todos os modelos, pinturas de todas as cores, jóias de todas as preciosidades, vestidos de todas as modas tomaram o lugar da simplicidade e tiraram o brilho da santidade tão defendida por séculos entre os cristãos.

Muitas mulheres cristãs de hoje querem se vestir conforme as mulheres do mundo, sem alterar nada, sem mudar nada, sem excluir nada... Para elas somente o véu e a simplicidade no uso e costume precisam ser excluídos.

Para uma cristã vaidosa e vencida pelas tentações mundanas, para uma cristã cheia de aparatos, jóias finas, enfeites e modismo o uso do véu chega a ser um sacrifício indesejável e insustentável, porém o problema não está no uso do véu, mas dentro do coração que não mais pulsa o desejo de Deus em suas vidas e sim, o próprio desejo.

A vantagem do uso do véu nas igrejas, apesar de que o véu cobre a cabeça, mas não cobre a vaidade, é que de certa forma o público feminino ganha uma roupagem mais submissa e mais cristã, e a igreja ganha um brilho mais religioso, mais espiritual e mais devoto; ainda que de forma apenas exterior em muitas mulheres cristãs. O uso do véu nas igrejas deixaria todas as mulheres de certa forma em situação igual, ou seja, tanto as vaidosas quanto as não vaidosas estariam com suas cabeças cobertas e isso seria de fato como em Corinto, ou seja, seria muito importante se as mulheres em respeito ao Senhor procurassem deixar suas vaidades para o mundo externo à igreja, pelo menos durante suas adorações.

No mundo do relativismo o que posso dizer é simples: pode ser que eu esteja enganado no meu conceito, mas pode ser que eu acertei bem.
Se eu estiver enganado quanto a santidade exterior dos cristãos então tudo aquilo que acreditamos durante anos não passou de “conto de fadas”, mas se eu estiver correto em minha interpretação bíblica e se for certo que Deus não se agrade de nossa postura atual, moderna e sofisticada... Que Deus tenha piedade de nós homens e das mulheres que mais se parecem com as egípcias do que com as israelitas.

Elias Barbosa - Ancião






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